Introdução: Todos os cristãos tem o dever não só de aprender a respeito da fé ensinada pela Igreja, mas também de interpretar as Escrituras por si mesmo.
A falta de conhecimento bíblico, leva os homens, a acreditarem e também a cometerem grandes erros.
O Conhecimento da Palavra, nos leva a entender à vontade de Deus.
Durante certa época. a igreja de Roma, proibia a leitura bíblica, alegando que os indivíduos facilmente interpretariam mal as Escrituras. Foi necessário um grande movimento, iniciado por homens como Martinho Lutero e Wycliffe, entre outros, para que a palavra de Deus pudesse ser traduzida e tivesse ao alcance do homem comum.
A seguir, algumas considerações sobre, como a Igreja Católica tratava esse assunto:
“A leitura da Bíblia é um veneno!” (Papa Pio IX, Si II 8.12.1964)
Em 1864 confirmou sua posição, dizendo:
“A propagação da Bíblia é uma peste!” (Sillabus, 8-12-1864)
E em sua Encíclica “Quanta Cura”, ele declarou que as sociedades bíblicas eram pestes que deveriam ser destruídas por todos os meios possíveis:
“Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas devem ser destruídas através de todos os meios possíveis”(Papa Pio IX, em sua Encíclica “Quanta Cura”, Título IV, 8 de Dezembro de 1866)
A leitura da Bíblia era absolutamente proibida aos leigos e considerada como sendo uma peste:
Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelho para seus próprios propósitos... elas sabem que a pregação e explanação da Bíblia são absolutamente proibidas aos membros leigos” (“Acts of Inquisition, Philip Van Limborch, History of the Inquisition”, cap. 08)
Nas regras que foram aprovadas pelos Padres designados pelo Concílio Tridentino, aprovadas por Pio IV e antepostas ao Índice dos livros proibidos, lê-se por sanção geral que não se deve permitir a leitura da Bíblia publicada em língua vulgar” (Pio IX, Encíclica Inter praecipuas, 16 de Maio de 1844)
O papa Leão XII também se revoltou contra aqueles que tentavam trazer ao povo a tão sonhada leitura da Bíblia em sua própria língua:
“Não se vos oculta, Veneráveis Irmãos, que certa Sociedade vulgarmente chamada bíblica percorre audazmente todo o orbe e, desprezadas as tradições dos santos Padres, contra o conhecidíssimo decreto do Concílio Tridentino [v. 786], juntando para isso as suas forças e todos os meios, tenta que os Sagrados Livros se vertam, ou melhor, se pervertam nas línguas vulgares de todas as nações” (Leão XII, Encíclica Ubi primum de 5 de Maio de 1824)
Como se vê, a leitura bíblica era vista como algo a ser combatido pela Igreja Católica.
A Bíblia é inspirada por Deus.
É muito importante, que cada cristão tenha isso muito claro em sua mente. Embora tenha sido escrita por homens comuns, ao longo de aproximadamente 1600 anos, a Bíblia é um livro inspirado por Deus. Paulo, encoraja a Timóteo: Em 2 Timóteo 3.14 à 17: Tu, porém, permaneça naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda à Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra.
O princípio cristão de autoridade bíblica significa que Deus é o autor da Bíblia e deu-a para dirigir a crença e o comportamento do seu povo. A Bíblia é a bussola do cristão e seu manual de conduta. Os padrões a serem seguidos por cada seguidor de Jesus, estão em suas páginas, por isso precisamos meditar nela, de dia e de noite.
O Protestantismo histórico aceita as Escrituras como a unica revelação escrita por Deus. Os Católicos Romanos tem comprometido sua autoridade única pelo fato de combina-la com a tradição da Igreja. Eles a aceitam como verdade revelada por Deus, mas insistem em dizer que é incompleta sem a interpretação oficial da Igreja. Por isso no passado, tanto lutaram, para que ela, não chegasse as mãos dos povos, dominados por eles. Hoje, não existe mais tal proibição.
Conclusão: As Escrituras Canônicas, são a voz de Deus ao Mundo. Têm autoridade ou direito de ordenar, tudo o que corresponde ao seu Autor divino (o próprio Deus), e como ele deseja que vivamos e o sirvamos enquanto estivermos no Mundo. Portanto, somente o exercício diário da leitura bíblica, nos fará, homens e mulheres fieis a Deus e cumpridores de sua vontade. Alguém que se considera cristão, e não mantém o hábito saudável de estuda-la, está sujeito a cair espiritualmente e também ha cometer grandes erros e seguir, todo o tipo de heresia. Por esta razão, devemos nos submeter a seus ensinamentos. Os Reformadores reconheceram, que a Bíblia, mesmo quando estudada por pessoas simples, tem o poder de liberta-las das amarras das tradições humanas e aproxima-las de Deus.
A Bíblia contém, tudo o que é necessário saber para a salvação e a vida eterna. Ela é infalível, e se distingue de todas "outras palavras" e ensinamentos ou filosofias humanas. Conhecê-la é se opor a qualquer outro ensinamento. Para Deus, não existe outra verdade, se está se opõem à ela.
Importante: Nenhum significado, interpretação, ou ensinamentos, devem ser atribuídos as Escrituras, que não possam ser encontrados nela. Examine tudo o que ouvir, e confronte com a verdade de Deus (sua palavra). Agindo assim, o homem se mantém no caminho proposto por Cristo. Muitos caem, por causa de sua própria negligência. Por falta de buscarem nas Escrituras as orientações necessárias para nos aproximarmos de Deus.
A observação cuidadosa e piedosa dessas regras é uma marca de todo cristão que "maneja bem a palavra da verdade" (2 Tm 2.15). Leia sua Bíblia regularmente, e peça ao Espirito Santo, que revele suas verdade a seu coração.