Introdução: Os primeiros apóstolos foram escolhidos diretamente por Jesus (Mc 3.14,15; Jo 15.16) e indicados depois de uma noite de oração, em busca da direção divina (Lc 6.12). Os quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João) mencionam que havia 12 líderes (Mt 10.1,2,5; 11.1; 20.17; Mc 4.10; 6.7; 9.35; Lc 6.13; 8.1; 22.3; Jo 6.67,70,71; 20.24).
Os nomes dos apóstolos são relacionados quatro vezes, em Mateus 10.2-4, Marcos 3.16-19, Lucas 6.14-16 e Atos 1.12-26).
A Relação Única dos Doze.
Havia muitas pessoas que desejavam seguir Jesus (Mt 8.18-22; Lc 9.57-62) e desse grande grupo, Ele selecionou os setenta (Lc 10.1-20; alguns manuscritos trazem 72, vv.1,17), bem como os doze (Lc 9.1-6). A escolha destes últimos tinha um propósito duplo. Foram escolhidos para que estivessem com Ele, e os mandasse a pregar, afim de participarem do ministério de Jesus (Mc 3.14,15).
Assim como o Pai me enviou, eu vos envio (Jo 20.21).
A Dedicação dos Doze.
Alguns dos apóstolos de Jesus eram provenientes de uma associação prévia com João Batista (Jo 1.35-42). Haviam participado de um movimento nacional da volta para Deus, por parte do povo da aliança (cf Mc 1.5; Mt 3.5). estavam conscientes da importância do arrependimento e tinham dado os primeiros passos para reafirmar o relacionamento com o Senhor (Mt 3.1-3; Lc 3.7-14).
Por isso prepararam-se a fim de receber Jesus como o libertador de Israel, há muito prometido.
O Treinamento dos Doze.
O Senhor sabia que sua missão seria depositada nas mãos dos que a terminariam, depois que Ele deixasse a terra. Por essa razão, dedicou grande parte do seu tempo e atenção ao treinamento dos discípulos, especialmente dos doze.
Em público Ele os ensinava geralmente por parábolas, mas, em particular, explicava tudo claramente aos discípulos (Mt 13.10-13,36; Mc 4.10-20,34; Lc 8.9-15).
Jesus falou-lhes a respeito da natureza de sua vida e seu trabalho, da necessidade de sua morte, da certeza da ressurreição e de seu retorno final em poder e glória (Mt 16.21; Mc 8.31; 9.31; 10.33,34; 14.62; Lc 9.21,22,26; cf Jo 5.25-30). Foram excelentemente ensinados por Jesus.
A Qualificação dos Doze.
Havia qualificações bem definidas para o apostolado, e Pedro as relacionou resumidamente em seu discurso em Atos 1.12-22: Para ser apóstolo, era preciso que a pessoa tivesse testemunhado todo o ministério público de Jesus, desde seu batismo até sua ressurreição. Assim, o propósito do testemunho ocular dos apóstolos foi enfatizado. A maior ênfase possível, era colocada nos fundamentos históricos da vida e obra de Jesus..
Segundo, o testemunho apostólico realçava a importância da cruz e da ressurreição. Era do conhecimento público no primeiro século em Jerusalém, que Jesus de Nazaré, foi morto por meio da crucificação, e a inscrição na cruz, informava isso a todos, em aramaico, latim e grego (Jo 19.20).
Os apóstolos corajosamente precisavam testemunhar da veracidade da ressurreição, e isso é repetidamente destacado na pregação deles (At 2.24,32; 4.10; 5.30-32; 13.30).
A Autoridade dos Apóstolos.
O fato de que os apóstolos foram testemunhas oculares de Jesus deu a mensagem deles uma autoridade exclusiva. Foram escolhidos pelo Pai e pelo Filho, como comunicadores da mensagem cristã (Lc 6.12,13; Jo 13.18; 15.16,19; At 1.2; 10.41) e apontados como ministros da palavra (Lc 1.2).
Conclusão: A mais excelente figura no cumprimento da missão apostólica foi a do apóstolo Paulo, cuja conversão é narrada três vezes no livro de Atos(At9. 1-19; 22.3-16; 26.9-18).
Resumidamente podemos dizer, que os apóstolos tiveram a responsabilidade primaria da proclamação do Evangelho e do cumprimento da Grande Comissão. A Igreja, certamente foi edificada "sobre o fundamento dos apóstolos" (Ef 2.20). Estes foram seguidos por outros, como Estevão e Felipe que participaram juntamente com eles, no labor evangelístico e missionário.
Dentre, todos, como já destacado, Paulo, foi um excepcional líder na tarefa de levar o Evangelho ao mundo.
Aprendemos com esses homens, o valor da auto negação, da crucificação de nossa vontade, o valor da valorização da presença do Mestre em nossas vidas e o valor de vivermos segundo seus ensinamentos. Os apóstolos tinham claramente um lugar especial na missão de Deus. Que nós possamos descobrir o nosso e entendermos, que, andar nas pegadas do Mestre, é dia a dia, cultivar um mundo melhor, através do ensinamento do grande tesouro, que é a palavra de Deus.
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