quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Iluminação e Convicção.

Leitura Bíblica: 1 Coríntios 2.14 - 15-a- Ora o homem natural, não aceita as coisas do Espirito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas...

Introdução: O apostolo Paulo sabia bem do que estava falando quando escreveu este texto.
Paulo foi um homem instruído. Falava grego, hebraico, latim e aramaico. Era um homem viajado.
Conhecia bem a cultura de seu povo. Amante ao extremo da lei judaica.
A primeira vez que a bíblia menciona Paulo, foi em Atos 8.1, quando este, assistiu a morte de Estevão.
Ele era um daqueles que perseguiam os cristãos. Um homem cruel, com a mente obscurecida pelo ódio e pelo pecado. Chegou ao ponto de se oferecer para perseguir a igreja. Sua perseguição foi tão violenta, que a bíblia diz que Paulo assolava as igrejas ( At 8.3; 9.1; 1 Co 15.9; Fp 3.6).

O dia em que tudo mudou.

A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isto uma voz disse; Saulo, Saulo, por que me persegues? Atônito perguntou: " Quem és tu Senhor"? A resposta que recebeu o deixou realmente surpreso e apavorado. Eu sou Jesus, a quem tu persegues (At 9.4,5). A partir daquele instante, Paulo nunca mais foi o mesmo homem! Seu legado para o mundo é enorme. O perseguidor da igreja se tornou um perseguido por causa de seu amor a Cristo.
Paulo levou o evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muitos significativas que chegaram até nós, como parte do Cânon do Novo Testamento.

O conhecimento dos cristãos a respeito das coisas divinas é mais do que um conhecimento das palavras e das idéias teológicas da bíblia. É uma compreensão da realidade e da relevância das obras de Deus testemunhadas pelas Escrituras.
O homem natural (1 Co 2.14), que não tem o Espirito Santo, mesmo que esteja familiarizado com as idéias cristãs, ainda padece da falta dessa compreensão mais profunda e é como um cego que conduz outro cego (Mt 15.14). Só o Espirito Santo, que a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus (1 Co 2.10), pode levar esta compreensão às mentes e corações obscurecidos pelo pecado. Isto é chamado de "entendimento espiritual", porque é uma compreensão dada pelo Espirito Santo (Cl 1.9; cf Lc 24.25; 1 Jo 5.20). Aqueles que além de conhecimento correto das escrituras, possuem "unção que vem do Santo"...e conhecem todas as coisas (1 Jo 2.20).

A obra do Espirito Santo em comunicar essa compreensão, é chamada de "iluminação" ou esclarecimento.
Não é uma nova revelação, mas uma obra dentro de nós, que nos capacita a compreender e a afirmar a revelação da bíblia, quando é lida, pregada e ensinada.
Enquanto o pecado obscurece nossas mentes e vontade, de modo que perdemos e resistimos as forças das Escrituras. O Espirito, contudo, abre e desanuvia nossa mente e põe o nosso coração em sintonia, de modo a podermos entender aquilo que Deus tem revelado (2 Co 3.14-16; 4.6; Ef 1.17-18; 3.18-19).

Iluminação é a aplicação da verdade revelada de Deus aos nossos corações, de modo que nós passamos a entender como realidade pra nós o que o texto sagrado revela.
Os teólogos reformadores protestantes dividiram a "iluminação" em dois estágios: O primeiro estágio toma lugar quando alguém encontra o ministério da palavra ( é apresentado as revelações bíblicas).
O segundo estágio é o ministério interno do Espirito Santo, que conduz a salvação.

O Espirito fala através da lei que convence o homem do pecado, e do evangelho que transmite o conhecimento da graça e do perdão de Deus ( Lc 1.79). Embora a "iluminação" pelo Espirito Santo comece o processo da salvação (Hb 6.4; 10.32), ela continua durante toda a vida do crente.
O Espirito Santo nos conduz a uma maior compreensão de Deus (Jo 16.13), a santificação, e a certeza de nossa salvação em Cristo Jesus.

Recebemos essa "iluminação" através do ministério da Palavra, da oração e da meditação a respeito de Deus e de sua revelação e do esforço para viver nossa vida de modo coerente com a revelação.

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